Clube do Taco da Sinuca

Sinuca é um jogo de mesa, taco e bolas praticado no Brasil, e constitui uma variante do pool, um jogo de mesa inventado em 1875 na Grã-Bretanha. Neste jogo dois adversários tentam colocar num dos seis buracos da mesa as bolas coloridas (não brancas) na sequência definida pelas regras. Pode ser jogado individualmente ou em dupla. Numa mesa de 2,84 m X 1,42 m (medida brasileira), são colocadas oito bolas, com pontuação de 1 (vermelha) a 7 (preta) mais a bola branca.
Regras
As regras em vigor no Brasil são ligeiramente diferentes das do pool praticado no resto do mundo: a bola branca é utilizada para impulsionar as outras até alguma das seis caçapas da mesa. Denomina-se bola da vez a bola colorida de menor pontuação presente na mesa, ou seja, deve-se encaçapá-las em sequência numérica crescente. Ela é livre, isto é, o jogador não perde pontos caso erre quando tenta encaçapar (matar) essa bola. Se for encaçapada uma bola que não é a da vez, ela retorna à mesa na sua posição anterior. A mesa original, inglesa, possui mais 50 centímetros, tanto na largura quanto no comprimento, com 15 bolas vermelhas (bola 1) ao invés de apenas uma, como no Brasil, e regras diferentes da nossa adaptação. Hoje, há uma tendência, principalmente em campeonatos oficiais, de se jogar na "regra inglesa" (ver descrição da mesma em snooker), visando a internacional|internacionalizar os atletas brasileiros.
O termo sinuca é usado popularmente no Brasil, no entanto, em sua origem, o termo sinuca é um abrasileiramento do termo inglês "snooker". Este jogo de "snooker", ou sinuca no Brasil (que, com o tempo, sofreu também pequenas adaptações em suas regras, mas ainda assim, a um observador mais atento não pode ser confundido com os diversos jogos de bilhar existentes e que ganham muitos nomes conforme a região em que são praticados. (e.g. mata-mata, bola 8, bola 9, vida, fuca, 21, carolina, etc.) A diferença é, também, que muitos deles foram criados nos Estados Unidos e não na Inglaterra, como é o caso do snooker.
Posicionamento do taco
O maior problema encontrado entre os iniciantes da sinuca é o mau posicionamento do taco, que geralmente é utilizado com a parte de trás muito elevada. Isso faz com que a bola branca seja forçada de cima para baixo, afundando no pano e desviando-se do alinhamento. Obtém-se um melhor desempenho se o taco for colocado o mais próximo possível da posição horizontal. Os lances de execução mais complicada são aqueles em que a bola branca está colada ou encavalada, justamente por requererem o levantamento da parte de trás do taco. Da mesma forma, também não se deve baixá-la demais: no âmbito de se posicionar o taco horizontalmente, pode-se cometer o erro de baixar demais a parte de trás do taco, de tal forma que esta poderá bater na tabela no momento da execução da tacada desviando o taco da posição correta. Às vezes essa batida é muito sutil e pode nem ser percebida, mas qualquer toque, por mais sutil que seja, pode ser suficiente para fazer errar a jogada. Esse equívoco de baixar demais o taco é muito comum e acontece porque a tabela da mesa de sinuca é mais alta que o plano onde as bolas rolam, fato que, com exceção de algumas jogadas, impede de se obter uma posição precisamente horizontal.
Daí se depreende que a horizontalidade do taco é uma questão bastante delicada, merecedora de um estudo atento por parte do praticante, que, à medida que tenta colocar o taco o máximo possível na horizontal, não deve ultrapassar os limites que proporcionam a sua livre movimentação.
O Jogo
O início
No começo da partida, o jogador deverá posicionar a bola no semi-círculo desenhado ao lado esquerdo da mesa, a meia-lua. O objetivo inicial, é atingir a bola vermelha, mas sem encaçapá-la. Isto, apenas na primeira jogada. Nesta, caso outra bola seja tocada o jogo recomeça. O mesmo jogador tem direito de tentar esta jogada por três vezes. Se ainda assim não conseguir, será punido perdendo sete pontos, e terá que passar a vez ao seu adversário. A segunda tacada, pode ser iniciada com a bola da vez, esta sem risco de penalidade, ou em qualquer uma das bolas, mas desta forma, se o jogador errar, poderá ser punido com sete pontos. Caso acerte, no entanto, ganhará os pontos da bola e também terá direito a mais uma tacada. A partir desta nova jogada, a bola objetivada deverá ser obrigatoriamente a bola da vez.
Continuando a partida
Quando o jogador consegue encaçapar a bola da vez, além dos ganhos citados anteriormente, ele ganha uma bola bônus, ou seja, ele pode tentar encaçapar qualquer bola, sem ser na ordem do jogo e não será penalizado, caso a bola tentada não seja encaçapada, exceto quando ocorre outra falta que não seja o não encaçapamento desta. Caso esta bola bônus seja encaçapada, o jogador ganhará os pontos referentes a ela, e mais uma tacada, neste caso, valendo a penalidade para as bolas que não sejam da vez. O jogo deve correr normalmente, então, seguindo a bola da vez, e repetindo as regras citadas anteriormente.
A Pontuação
Cada bola de sinuca encaçapada possui uma pontuação a ser dada ao jogador.
Abaixo, estão citadas as pontuações normalmente seguidas:
Vermelha - 1 ponto;
Amarela - 2 pontos;
Verde - 3 pontos;
Marrom - 4 pontos;
Azul - 5 pontos;
Rosa - 6 pontos;
Preta - 7 pontos.
Penalidades - 7 pontos
O Bilhar (do francês billard) também chamado de bilhar francês1 é um jogo praticado numa mesa revestida de feltro verde, limitada por tabelas e sem buracos, contendo 3 bolas de marfim, uma vermelha e duas brancas (uma delas com um pequeno ponto). As bolas são impelidas por um taco. Cada jogador deve, a partir de sua bola previamente definida, conseguir uma carambola, ou seja, fazer a sua bola tocar nas outras duas. Cada carambola rende um ponto e permite ao jogador continuar jogando.
Há diversas variantes do jogo com regras adicionais para dificultar a jogada. As mais conhecidas são os jogos de 1 tabela e 3 tabelas. No jogo de 1 tabela, a bola deve, antes de tocar na terceira bola, bater, pelo menos, uma vez numa tabela lateral da mesa. No jogo às 3 tabelas, deve tocar, no mínimo 3 vezes.
Fonte: wikipedia
Sobre a Sinuca
Silvia foi influenciada pelo pai, Luiz Carlos Cordeiro, a jogar sinuca. Revisor na Folha de S.Paulo, ele às vezes aguardava em um bar próximo à redação jogando sinuca. Seu sonho era ter uma mesa em casa. Quando sua a filha tinha 14 anos, ele conseguiu uma e, como precisava de companhia, ensinou-a.
A paulista tomou gosto e pelo lado esportivo, não apenas como entretenimento. Mais velha, ia a salões e se enfiava entre os velhinhos para dar suas tacadas. Ela tinha uma loja que vendia frios, e alguns senhores que passavam por lá jogavam e a convidaram. Seu gosto pelo esporte fez até com que, certa vez, contratasse um motorista para a empresa baseada na destreza dele para encaçapar - já que precisava de uma dupla para os campeonatos.
Preconceito? Na Engenharia era pior
Silvia parece que sempre viveu em atividades que pareciam masculinas. Pequena, ela e a irmã competiam no bicicross, venciam os meninos e obrigaram os organizadores, com o passar dos anos, a criar uma prova só para meninas. Depois, correu de kart. E, além da sinuca, também sofreu discriminação como engenheira.
O meio da profissão é repleto de homens, e ela conta que em um de seus empregos, era proibida de buscar amostras para serem utilizadas nos testes de qualidade, por ser mulher. "Diziam que eu podia causar acidente se um homem ficasse distraído por olhar uma mulher. Sofri mais preconceito como engenheira do que na sinuca", lamenta.
No esporte, ela venceu mais facilmente a desconfiança. "Tive alguns momentos de constrangimento e preconceito, porque antes ali era o ambiente só dos homens: 'que essa mulher está fazendo aqui? O que ela quer?' Quando viram que era para jogar mesmo, ganhei o respeito. Eu tinha até de cuidar de quem perdia, porque tiravam sarro e eu tinha de falar: 'o que tem em perder para uma mulher? Sinuca não é força, é destreza'".
Do lado de fora do jogo
Atualmente, Silvia dá aulas e vende material de sinuca. Trabalha também na coordenação de campeonatos - e é por isso que sequer sabe se terá tempo de jogar no Brasileiro deste ano. Para ela, a procura pelo esporte aumentou, e em particular das mulheres.
"Hoje temos muitos bares, salões e baladas com mesa, então as mulheres se cansaram de ficar só acompanhando namorado, ou vendo os homens jogar. Então elas têm me procurado bastante. E o esporte atrai todo tipo de gente. Dou aulas de porteiros de prédio a presidentes de multinacional", contou ela, que foi comentarista da ESPN por quatro anos, mas deixou o canal por conta do fim das transmissões.
Ela também foi uma das primeiras árbitras da modalidade. Tudo isso acompanhada de perto pelo pai, orgulhoso. No começo, ele duvidava: "você está me roubando nos pontos", acusava. Depois, teve de dar o braço a torcer. Tinha sido superado e colocado de escanteio, como espectador dos dotes da filha. Veja vídeo abaixo!