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Estância Climática de Cunha-SP

Cunha é um município no leste do estado de São Paulo, no Brasil. A população aferida no Censo de 2010 foi de 21 866 habitantes, com uma área de 1 407,25 km², o que resultava numa densidade demográfica de 15,54 habitantes/km². A população calculada para 1º de julho de 2015 foi de 22 086 habitantes, o que resultava em uma densidade demográfica de 15,69 habitantes/km². É a maior produtora de pinhão do estado de São Paulo.

 

O município de Cunha também concentra a maior frota de fuscas do Brasil - Fuscunha (evento anual que reúne os fuscas da cidade e do Brasil) 

Cunha é um dos 12 municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Climática, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais. 

 

Estância Climática de O município de Cunha está inserido em uma área de planaltos (Bocaina, Paraitinga e Paraibuna) e serras (do Mar e Quebra-Cangalha), na região fisiográfica conhecida também como Mar de morros. A altitude varia muito em toda a extensão do município. As áreas mais baixas localizadas nas várzeas do Rio Paraitinga, na divisa com o município de Lagoinha, possuem uma altitude de 760 metros enquanto o ponto culminante, a Pedra da Macela, no alto da Serra do Mar, na divisa com o estado do Rio de Janeiro, possui uma altitude de 1 840 metros.

 

A sede do município está a cerca de 950 metros de altitude e a Vila de Campos de Cunha está a cerca de 1 010 metros de altitude.O município possui 3 229 propriedades agrícolas cadastradas.

 

Em área, é o 11º maior município do estado de São Paulo. 

 

Bairros 
Abóboras
Águas de Santa Rosa
Alto do Cruzeiro
Alto do Jovino
Aparição
Areão
Bananal
Barra do Bié
Barra do João Alves
Barra do Chico do Láu
Barra do Cedro
Barro Vermelho
Bexiga
Boa Vista
Bocaina de São Roque
Bocaininha
Borda do Campo
Cachoeira dos Rodrigues
Cachoeirinha
Cajuru
Cambucá
Camundá
Campo Alegre
Campos Novos
Canjerana
Capetinga
Capivara
Carneiros
Catioca
Catioquinha
Cedro
Cume
Desterro
Divino Mestre
Encontro
Encruzilhada
Engenho
Falcão
Ferraz
Gândara
Guabirola
Guaricanga
Guaranjanga
Indaiá
Ingá
Itacuruçá
Itambé
Jacuí
Jardim
Jericó
Largo do Rosário
Limoeiro
Macuco
Mato Escuro
Mato Limpo
Milho Branco
Monjolo
Morro Grande
Paia Grande
Palmeiras
Palmital
Paraibuna
Paraitinga
Pedra Branca
Pedra da Macela
Pinhal
Pinheirinho
Rio Abaixo
Rio Manso
Rio Sertão
Rocinha
Roça Grande
Rodeio
São José da Boa Vista
Samambaia
Santana
Sapezal
Sertão dos Marianos
Sítio
Taboão
Tamancas
Três Pontes
Vidro
Vila Mauá
Vargem Grande
Várzea da Cachoeira
Várzea da Santa Cruz
Várzea do Tanque
Várzea Gouveia
Vila Rica 

Localização de Cunha no Brasil
23° 04' 26" S 44° 57' 36" O


Unidade federativa     São Paulo
Mesorregião    Vale do Paraíba Paulista IBGE/2008[1]
Microrregião    Paraibuna/Paraitinga IBGE/2008[1]

 

Municípios limítrofes    Lorena, Silveiras (N), Areias (NE), São José do Barreiro (NE), Paraty, Angra dos Reis (L e SE), Ubatuba (S), São Luís do Paraitinga (SO), Lagoinha (O) e Guaratinguetá (NO).[2]
Distância até a capital    225 km

 

Características geográficas
Área    1 407,25 km²
População    22 086 hab. Estimativa IBGE/2015
Densidade    15,69 hab./km²
Altitude    950 m
Clima    tropical de altitude Cwa
Fuso horário    UTC−3

 

Indicadores
IDH-M    0,733 alto PNUD/2000
PIB    R$ 112 222,380 mil IBGE/2008
PIB per capita: R$ 4 736,32 IBGE/2008

Por volta do ano 1000, a região foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia, que expulsaram os antigos habitantes tapuias para o interior do continente. No século XVI, quando os primeiros europeus chegaram à região, ela era ocupada pela tribo tupi dos tamoios.

 

Em 1597, uma expedição portuguesa comandada por Martim Correia de Sá saiu do Rio de Janeiro, desembarcou em Paraty e passou pela região de Cunha através da Trilha dos Guaianás visando a combater os tamoios, que estavam aliados aos franceses contra os portugueses. Desde o final do século XVII, a região já era conhecida como "Boca do Sertão", por ser um ponto onde se subia a serra em direção às Minas Gerais. Em 1730, viajantes se fixaram na região e fundaram um povoado.

 

No povoado, a família portuguesa Falcão ergueu a capela da Sagrada Família. Por este motivo, o povoado passou a ser conhecido como "freguesia do Falcão". No início do século XVIII, foi erguida, entre a freguesia do Falcão e Paraty, a Barreira do Taboão, que era um posto destinado a controlar o fluxo de ouro procedente de Minas Gerais. O povoado foi elevado a vila em 3 de setembro de 1785 pelo então governador da Capitania de São Paulo, Francisco da Cunha e Meneses, com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Cunha, em homenagem ao político. No século XIX, as antigas trilhas foram calçadas e ampliadas visando a transportar a grande riqueza da épocaː o café.

 

Foi elevada a município em 1858 com a emancipação de Guaratinguetá, já com a denominação atual. Vale a pena visitar o Museu Francisco Veloso, localizado na Praça Cônego Siqueira, com um grande acervo de peças antigas, principalmente da Revolução de 1932. O prédio abriga, ainda, a Biblioteca Municipal.

 

A emancipação político-administrativa é comemorada em 20 de abril, sendo outros feriados 8 de dezembro, dia da padroeira do município, e 19 de março, dia de São José. Outros eventos interessantes são a Queima do Judas e a Cavalaria de São Benedito, realizada na segunda-feira após a Páscoa. 

Cerâmica em Cunha

 

A cerâmica é uma atividade de crescente importância em Cunha. Ela existe desde que a região era ocupada pelos índios da etnia dos tamoios. Esta atividade foi continuada pelas paneleiras que produziam peças utilitárias com técnica rudimentar, queimadas em forno de barranco.

 

Em 1975, chegou, a Cunha, um grupo de artistas que se instalaram no antigo Matadouro Municipal, que estava sem uso na época, o qual foi cedido em regime de comodato pela Prefeitura Municipal de Cunha. O grupo era formado pelo casal japonês Toshiyuki e Mieko Ukeseki, o português Alberto Cidraes (remanescentes do Grupo Takê) e os irmãos oriundos de Minas Gerais, Vicente e Antônio Cordeiro. Esse grupo dará início à construção do primeiro forno noborigama em Cunha. O forno noborigama é uma técnica de cerâmica de alta temperatura trazida do Japão. O grupo constrói o forno noborigama, dando início assim ao ateliê do Antigo Matadouro. A primeira abertura de fornada acontece em 1976. Esse forno funciona até 1978 como forno grupal.

 

No final da década de 1980, a cerâmica desenvolvida em Cunha começa a se projetar no cenário nacional e os ceramistas a produzir de forma mais sistematizada. São realizadas aberturas de fornadas ao público e ceramistas paulistanos começam a chegar na cidade para montar os seus ateliês. Essa nova configuração organizacional da atividade cerâmica proporcionará o incremento do fluxo de turistas na cidade e fomentará a realização dos festivais de inverno, que se engendrariam posteriormente.

 

Em 2005, foram comemorados os 30 anos da construção do primeiro forno Noborigama em Cunha e foi realizado o I Festival de Cerâmica de Cunha (16 de julho a 11 de setembro de 2005) e todo ano é comemorado o Festival para que os turistas possam apreciar os diferentes ateliês. O forno Noborigama, forno ascendente em japonês, foi o mais eficiente para alta temperatura na era pré-industrial. Uma sucessão de câmaras interligadas em patamares, garante um controle localizado da temperatura e uma economia de combustível, pelo aproveitamento do calor usado na câmara anterior. Permite a queima simultânea de grande quantidade de peças com variações que a naturalidade do fogo de lenha imprime.

 

Em 9 de janeiro de 2009, foi criado, pelos ceramistas locais e outros agentes culturais, o Instituto Cultural da Cerâmica de Cunha (ICCC) que visa a ser a organização institucional do polo de cerâmica artística do município. Os principais objetivos do ICCC são: promover o crescimento e a difusão da atividade cerâmica; promover ações educativas e culturais para a população local; e construir uma escola, museu e centro cultural.

 

Cunha é um dos mais importantes centros de cerâmica artística da América Latina, com 17 ateliês agrupados na Cunhacerâmica, associação dos ceramistas de Cunha. Os ateliês de cerâmica são uma das principais atrações do turismo cultural de Cunha, recebendo inúmeros visitantes. Leia mais aqui!!!

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